Natiele de Oliveira
Nesse mês é celebrado o Outubro Rosa pelo mundo inteiro. Um movimento de conscientização para o controle do câncer de mama, criado na década de 1990 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure. O nome remete à cor do laço rosa que simboliza a luta contra o câncer de mama e estimula a participação da população, empresas e entidades para o movimento.
A data é comemorada com o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização sobre a doença; proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuir para a redução da mortalidade.
No Brasil, a primeira iniciativa aconteceu em outubro de 2002, com a iluminação em rosa do monumento Mausoléu do Soldado Constitucionalista em São Paulo. Em Blumenau, a campanha teve início em 2010 pela Rede Feminina de Combate ao Câncer (RFCC), pioneira no estado de Santa Catarina.
O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células da mama. O que gera células anormais que se multiplicam, formando um tumor. Há vários tipos de câncer de mama. Por isso, a doença pode evoluir de diferentes formas. É o segundo tipo da doença mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil. A estimativa de novos casos para esse ano, é de 66.280, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).
A Rede Feminina
A RFCC é uma instituição sem fins lucrativos, existente há 46 anos em Blumenau. A organização tem o objetivo de prevenir o câncer de colo de útero, realizar diagnóstico precoce do câncer de mama e apoiar as mulheres após a retirada das mamas.
Fundada pela Irmã Dominícia, diretora do Hospital Santa Isabel na época. Em 24 de setembro de 1973, se reuniu com um grupo de senhoras e fundou a RFCC. Atualmente, a rede feminina é comandada pela bióloga Maria Christina Dorigatti, voluntária desde 2003 e está na gestão desde 2017.
“É um trabalho de amor e dedicação, chegamos atender até 700 mulheres por mês”, afirma Maria Christina, presidente da rede. A instituição atua de forma gratuita no encaminhamento de cirurgias e na diversificação do atendimento as mulheres mastectomizadas que podem ser auxiliadas por um nutricionista, psicóloga, fisioterapeuta, dança, yoga, artesanato ou até mesmo lazer.
A vice-presidente Jacinta Etelvina Schramm acredita que o atendimento é o que mais chama a atenção do público, é por isto que ela vê a rede como um ótimo lugar de acolhimento para as mulheres. “Amor, comprometimento, e esperança são as palavras que definem meu trabalho aqui”, conclui Jacinta.
O trabalho voluntário da RFCC
As voluntárias que desejam trabalhar na rede, passam primeiro por uma entrevista. Logo após participam de treinamentos em todos os setores, além de assistirem palestras e reuniões. O processo dura cerca de três meses, depois pode ser adquirido o jaleco. Após completar um ano, acontece uma cerimônia onde elas fazem o juramento e ganham seu primeiro pin, nessa celebração é representado por uma rosa.
Os pins comemorativos são distribuídos em eventos como congressos e nos encontros estaduais e nacionais. As voluntárias normalmente são indicadas a rede, mas grande parte delas são mulheres que já passaram pelo tratamento do câncer.
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