Região Metropolitana de Blumenau segue em pauta nos bastidores da Alesc

Deputado estadual Ivan Naatz conta que ideia ainda está no processo de convencimento, mas será efetivada, mais cedo ou mais tarde

Edemir Júnior

Tramita nos corredores da Alesc (Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina) o projeto de instalação da Região Metropolitana de Blumenau (RMB), que incluiria cinco municípios da região: Blumenau, Gaspar, Pomerode, Timbó e Indaial. Em Santa Catarina, há  somente uma Região Metropolitana oficialmente definida em lei: a de Florianópolis, que engloba sete municípios próximos da capital e tem um total de 1.029.357 habitantes, de acordo com o IBGE.

Idealizador do projeto, o deputado estadual Ivan Naatz conta que a oficialização da RMB ainda está longe de sair do papel, encontrando-se ainda no processo de convencimento das forças políticas: “digo que ninguém compra efetivamente o que não conhece. Então, nosso propósito é de fazer as pessoas compreenderem o que é uma Região Metropolitana. Eu me assusto quando converso com vereadores de municípios que compõe a nossa região e que não sabem o que significa uma Região Metropolitana, eles não têm conhecimento nenhum. Então, se tem um vereador de uma cidade que não tem conhecimento pelo assunto, obviamente que não vai se conseguir convencer os municípios a aderir à proposta”.

De acordo com o deputado, para conseguir instalar uma Região Metropolitana é necessário ter, no mínimo, 500 mil habitantes na área. Juntando Blumenau, Gaspar, Pomerode, Indaial e Timbó, tem-se cerca de 565 mil pessoas, o que leva a ser possível a criação da Região Metropolitana de Blumenau.


Blumenau: 352.460 habitantes / área: 518,619 Km² 

Gaspar: 68.465 habitantes / área: 386,202 km²

Indaial: 67.923 habitantes / área: 430,534 km²

Timbó: 43.484 habitantes / área: 128,313 km²

Pomerode: 32.874 habitantes / área: 214,299 km²


Total RMB: 565.206 habitantes / 1.677,987 km² / densidade demográfica: 337 hab/km²


Para o arquiteto e urbanista, Christian Krambeck, a instalação da RMB só trará benefícios às cidades envolvidas, já que no século 21 é muito difícil municípios se manterem sozinhos: “não existe mais como um município sobreviver solitário, até porque é ineficiente e é a pior opção, pois os interesses turísticos são regionais.  Econômicos, também. São sempre regionais se há inteligência, cooperação, planejamento, há uma intenção de se entender qual a nossa maior e melhor vocação econômica e organizar as especialidades econômicas”. 

Trabalhar as pautas dos municípios em conjunto é a melhor opção

A instalação de uma Região Metropolitana nada mais é do que o trabalho das pautas coletivas integradas, afirma Naatz: “nós vamos resolver o problema da segurança pública com os cinco municípios conversando entre si. Nós vamos enfrentar o desafio da falta de recursos para a saúde pública com uma política integrada. A questão da mobilidade urbana também, o governador agora disse que vai reparar as estradas estaduais através de consórcios municipais. Isso é região metropolitana”. 

Na mesma onda de Naatz, Krambeck também defende que a principal função da RMB seria integrar os cinco municípios. “Diminuição de custo, melhor eficiência na captação do lixo, no transporte coletivo, no desenvolvimento urbano, na captação e gerenciamento da água potável, a questão ambiental, a saúde, enfim, todos os temas de políticas públicas. As pessoas não estão interessadas em fronteiras, mas sim em melhorar de vida e ter seus problemas resolvidos, e os políticos, governantes e líderes empresariais que não perceberem isso vão ser superados e deixados para trás pela sociedade e população. O futuro é da integração, da cooperação e da sinergia da região metropolitana”, conclui.

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s